terça-feira, 16 de setembro de 2008

      Lembranças Fragmentadas
      de Uma Noite Inesquecível


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"Nada é pra sempre, infelizmente. Todos sabem disso, quem não sabe um dia aprende. É só questão de tempo, estes que encistem inutilmente em viver uma fábula onde o 'Pra Sempre' ainda existe, aprenderão da pior maneira que alguém pode aprender algo tão difícil e doloroso: pela própria experiência."
(Marcelo Rutshell)
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"Feche os olhos. Agora imagine alguém, imagine que os problemas se foram pra longe, não existem mais. Todos ríem, divertem-se. Toques, carinhos, trocas de olhares, sorrisos. E tudo não passa de intenção."



"Certa noite perdi o sono por conta de alguém que, naquele instante, me fez esquecer dos problemas, eles deixaram de existir. Ríamos, trocamos carícias e olhares... E tudo deixou de ser apenas intenção."




É noite, talvez devessemos estar dormindo. Mas pra quê? acho tão melhor sonhar acordado. E você, o que acha disso?
...as coisas aconteceram naturalmente, como devem mesmo acontecer. Como uma peça ensaiada, cada movimento, cada palavra.


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Eu, que julgava já ter passado por tudo isso, imaginava ter já aprendido que nada é "pra sempre", e por experiência própria. Tinha, inclusive, dito à mim mesmo que não retornaria mais à estes lugares de faz-de-conta que eu habitava em minha própria cabeça. Mas me sinto sendo arrastado novamente à este velho mundo de fábulas, onde o "Pra Sempre" ainda existe.


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Na madrugada de uma certa sexta-feira, daquelas que a gente pede ao tempo que passe devagar, uma menina me disse: "pena que nada dura pra sempre."
Me dei conta de que eu também tinha este pensamento. Mas não satisfeito com ele parei pra pensar tentando encontrar alguma coisa que pudesse sim ser 'pra sempre'.
Acabei encontrando esta: as LEMBRANÇAS...
Só as lembranças são 'pra sempre', e é tão simples, estão bem ao nosso alcance, estão dentro de cada um de nós.

Cabe agora, à nós, fazermos com que tenhamos boas lembranças para recordar.


E enquanto LEMBRARMO-NOS o quanto foi bom termos nos conhecido, o "PRA SEMPRE" ainda existirá, mesmo que apenas dentro de cada um de nós dois...



(Marcelo Rutshell)
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domingo, 17 de agosto de 2008

A Felicidade Não Cabe em Um 3x4


Hoje choveu o dia todo,
foi mais um daqueles dias
onde a alegria
parece estar muito ocupada
com os outros.

É...
Chove lá fora, o dia inteiro,
chove lá fora, já faz tanto tempo,
um dia todo, fora, eu já nem lamento.
Chove lá fora e também aqui dentro.

Dentro: é um lugar
tão fácil de entrar.
Dentro: é um altar
onde você já não está.

Vejo aquela nuvem cinza,
reconheço nela alguma coisa de mim mesmo,
talvez seja a cor ou as lágrimas, não sei,
já não me reconheço.
É, vai ver seja mesmo a cor,
mas realmente não consigo perceber.
Talvez assim seja melhor,
sei que não vou gostar do que vou ver.

Força (...),
palavra otimista.
Mais ou menos força
difere o que é vento e o que é brisa.

O que você seria?
vento?
furacão?
brisa?
não sei ainda o que sou
e, acredite,
se você fosse eu,
também não saberia.

Mais um quarto de hora
se passou sem alterar
qualquer coisa
que me fizesse notar.

Tudo isso é besteira, eu sei,
mas não seria se alguém tivesse notado
que eu só errei por atenção
e que este nunca foi o meu maior pecado.

Crucifiquei o santo errado
e a cruz apodreceu.
Mas, afinal, foi Deus que inventou o homem?
ou o homem que inventou Deus?

A fé distrai nossas fraquezas
e costuma ser traidora,
é quase certo a decepção
quando se confia de mais em alguma coisa.

Hoje tenho um coração aprisionado,
pequeno, em um formato 3x4.
A felicidade só cresce em corações profundos,
que pena, o meu coração sempre foi tão raso.

Tudo isso é tão complexo e simples
mas ninguém entende sobre o que eu falo.
Tudo bem, não se incomode comigo,
este é só mais um (inquieto) desabafo.


(...)


Tinha ainda tanto pra dizer,
mas tudo bem,
deixa pra lá.

Asas molhadas
sempre se tornam
pesadas demais para voar.


(Marcelo Rutshell)

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Pra Te Convencer


Por mais que eu diga aos quatro ventos que, em minhas atitudes, pouco me importo com o que vão pensar de mim. Por mais que eu próprio tente e finja acreditar nisso, acabo sempre por perceber, num instante de silêncio e distração, que na verdade eu dedico mais importância a esta opinião do que gostaria e, talvez até, do que deveria.
Estou o tempo todo esperando sua aprovação, seu reconhecimento e nem mesmo sei por que, já que quase nunca o tenho.
São palavras, frases, versos e atitudes. Desconfiança, descrença e indagação.

É como batalhar tanto para obter algo, que não se sabe o que fazer com este quando o conquista, é como querer o tempo todo chegar a um determinado lugar, só pra depois dizer que não quer estar lá.
Em toda e qualquer situação é assim que ajo, talvez seja assim que a maioria aja, muitas vezes é provável que sequer percebamos esta forma tola de agir.

A humanidade é e será perpetuamente insatisfeita.

Se está chovendo, reclama não poder sair, se faz sol, reclama por ter de sair com tanto calor, se faz frio, diz que é mais agradável ficar em casa, se fica em casa reclama não ter nada pra fazer.
Se está sozinho quer estar acompanhado, se está acompanhado, prefere ficar sozinho.
Se namora, sente falta de estar solteiro (a), quando solteiro (a), quer tanto namorar.
É claro que isso não se aplica a todos os seres humanos, alguns conseguem mentir pra si mesmo e tentam, o tempo todo, convencer aos demais que não se comportam dessa forma. Mas se esquecem que “mentir pra si mesmo” ainda é “a pior mentira”.

“Posso estar triste quase o tempo todo, mas é QUASE e NÃO todo. Não vejo problema em chover de vez enquando, então, se ainda hoje o sol decidir não aparecer, deixe-me aproveitar mais um dia de chuva.”

(Marcelo Rutshell)

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Só (,) mais um dia só...


Uma pergunta que sempre nos fazem: “você já se arrependeu de algo que fez?” sempre quando me perguntavam isso eu respondia sem pensar: “não, só me arrependo do q não faço”, tolice. Hoje tenho certeza de que respondia mesmo sem pensar.
Há muita coisa que fiz das quais me arrependo amargamente, há muitas coisas que ainda faço e das quais me arrependerei futuramente e, e, certamente, haverão tantas outras.
São palavras ditas, que jamais deveriam serem pronunciadas (ao menos não “naquele” momento ou para “aquela” pessoa), são atitudes impensadas, desnecessárias, ações praticadas no calor do momento.
O resultado disso: Arrependimento.
A pena para este “delito”: não há como voltar o tempo e desdizer ou desfazer o que foi dito e/ou feito, é sempre possível se retratar, corrigir o erro, mas desfazer o que está feito, isso não há como. Infelizmente.
Passo muito tempo pensando no passado, não no meu, o que é ainda pior. Imaginando coisas que geralmente são reais, e essa realidade imaginária me corrói de tal forma que não conseguiria transcrevê-la em palavras. E está me fazendo em pedaços, cada vez menores, cada vez mais dolorosos, nem que eu cheirasse tubos e mais tubos de cola, assim mesmo não conseguiria colar internamente os meus pedaços.
Parece-me tão mais simples para os demais, não que eu seja tão ingênuo a ponto de enganar a mim mesmo ao acreditar que eles (os outros) não têm problemas, não é isso, só que eles (todos àqueles aos quais tenho observado) parecem lhe dar de uma forma mais confortável com seus problemas. Não sei por que eu me torturo tanto, não sou assim tão diferente de ninguém, assim como vocês (quem quer que seja(m) “vocês”), eu só quero, ao menos, tentar ser feliz, ninguém é feliz na dor (ainda que para alguns possa ser fonte de prazer momentâneo), ninguém é feliz sozinho (por mais que eu diga isso – que eu posso ser feliz sozinho -, não acredite em mim quando eu o disser). Preciso tanto de alguém, e quem é q não precisa?! Me perco em mim mesmo, e eu, agora, já não procuro me encontrar.

Sou tão estupidamente egoísta quanto qualquer um, eu quero ser feliz, EU.
Sou tão pretensioso, arrogante, errante. Por isso, lhes peço, sempre, desculpem-me.

Melhor andar com um amigo no escuro, do que andar sozinho na luz.”

Não tente me entender, eu mesmo não tentaria
é complicado para mim, então imagino pra você como seria.”
(Marcelo Rutshell – Glória Insana)

Marcelo Rutshell

domingo, 9 de março de 2008

Ciclos - Lua Mingüante


Ciclos... é assim que eu ao menos percebo a vida, não vou aqui dissertar sobre ela, pois ainda não aprendi o suficiente para ensinar. Nem se quer tenho mesmo certeza que assim acontece com todos, esse lance de ciclos.
Dizem que há cada 2 décadas a moda, a música, enfim, tende a revolucionar (não entndo nada de moda, mas ao menos na música, nossa geração anda atrasada, pois já deveria ter surgido a tal "nova tendência" de que falam e nada de novo vi/ouvi ainda), mas o que eu vejo na verdade são repetições do passado, as mesmas coisas, apenas vistas por olhos novos e desconhecedores do qeu passou. Bem como disse Cazuza em uma de suas músicas: "...eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades, o tempo não pára...", é, o tmpo não pára, infelizmente.
Ciclos, a lua, os mares, ..., a vida. Desde cedo aprendemos na escola: nasce/cresce/reproduz/envelhece/morre. Eis o magnifico ciclo ao qual estamos destinados.
Um ciclo fechado, 360º, anda, gira, passa, percorre, e retorna sempre, sempre para o ponto onde teve ínicio, não da mesma forma, mas com o mesmo sentido.
É isso q eu sinto, tanta coisa tão diferente e ao mesmo tempo tão parecido.
E agora começa tudo de novo, até a próxima hora de acabar, e recomeçar tudo de novo.

Olho ao redor e vejo os outros:
Estão todos sorrindo, parecem estarem bem.
Porquê eu não consigo ser assim?
Talvez seja tudo mentira, estão apenas fingindo.
Queria ao menos uma vez
poder também fingir.

Queria ter alguém com quem pudesse conversar,
eu só queria ter alguém
que me perguntasse como a vida está
que me dissesse que vai ficar tudo bem.


Ultimamente tenho conversado com os anjos, não é sentido figurado ou força de expressão, realmente há anjos em minha vida, e os agradeço por estarem nela, agradeço à estes anjos por pensarem em mim, por me colocarem em suas orações... agradeço pelo esforço que eles têem feito tentando me ensinar a voar... eu lamento desapontá-los, mas à cada dia perco uma pena da mesma asa, e minhas asas desparelhas não encontram uma maneira de conseguir voar, sou anjo torto, arrogante, pedante e prepotente.
Mas agradeço à todos os anjos de minha vida, por perderem tanto tempo pensando e acreditando em mim. Desculpem-me àqueles que acabo sempre por desapontar.

Certa noite embriagada, olhei a lua minguante e a vi em dobro, disse a um anjo: "Me parecem serem 2 olhos tristes, estão tristes por algo que fiz de errado"
eis o q o anjo me respondeu: "não são dois olhos tristes, a lua é apenas uma, transpondo um sorriso alegre por você existir."

E acabo de perder mais uma pena da mesma asa errada. Mas creio que um dia voaremos sobre os demais. Mais um ciclo chega ao fim, para que possa iniciar um novo ciclo. Ciclos exigem sacrificios. Meus sacrificios.

(Marcelo Rutshell)



"Toda Mentira É Verdade, Até Que A Farsa Seja Descoberta E Revelada.
Não Sinto Nada, Sou Apenas Uma Pedra: Esculpida e Moldada."
(Marcelo Rutshell)

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Por Trás de Cada Sorriso, Eu Sempre Escondo Uma Lágrima (Marcelo Rutshell)




"Se Meu Sorriso Mostrasse O Fundo de Minha Alma, Muitas Pessoas, Ao Me Verem Sorrindo, Chorariam Comigo."
(Kurt Donald Cobain)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Me empreste um pouco de Você

Faz muito tempo desde a última postagem, quando escrevo isso falo a mim msmo... este blog nunca foi divulgado até o momento, não criei-o para isso... Tanto tempo já passou, nem tanto assim... muita coisa aconteceu, mas ao certo nada mudou tanto assim a ponto de causar alguma estranheza. Posso ver novos rostos e, com algum esforço, revejo também faces antigas. Ainda estou longe de ter o que quero, mais longe ainda de saber o que realmente quero. Sei do que preciso, e só.
Reclamo muito de tudo o tempo todo, não sei porquê. Queria saber se é normal agir assim. Já não sou mais tão criança, mas jovem de mais pra ter alguma certeza.
Tenho planos e metas, e infinitas dúvidas.
Tenho me divertido ultimamente, até sorrir tenho conseguido, mas me parece que vai começar tudo de novo.
É estranho percorrer um caminho desconhecido, por mais florido que seja o acostamento ainda há pedras na estrada, e uma porção de curvas que não me permitem ver o horizonte.
O tempo todo preciso de um ombro pra me apoiar, mas nem sempre encontro algum.
Preciso de uma mão, de um abraço, de um afago, de um ouvido, de alguém, alguém que possa me emprestar tudo isso. É, isso mesmo, me emprestar, basta alguém que me possa emprestar, não quero que me dêem nada, mas se puder me empreste, prometo devolver tudo o que me for emprestado, prometo cuidar como a coisa mais valiosa do mundo, por que assim é. Sei que nada é pra sempre, aprendi isso por experiência própria, todo mundo aprende.
Ainda há muito para conhecer, aprender, temer... mas não espero nunca me arrepender, não por ter feito, talvez por não tê-lo feito, talvez...

Meu sorriso vem brando, o mais largo que consigo disfarçar, pra que possa esconder atrás dele, as lágrimas que ainda hoje regam as flores mortas dos jardins internos da minha alma.
Minhas asas estão cansadas, mas estou sem tempo pra descançar...
Não esqueça do que preciso, e se puder, me empreste...
Acaricie, agora e sempre, minhas asas.

Marcelo Rutshell